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  • Foto do escritor: cmz
    cmz
  • 9 de out.
  • 2 min de leitura
 Hubble’s view of the Ring Nebula (2013 image - cropped)
 Hubble’s view of the Ring Nebula (2013 image - cropped)

Levei um tempo para resumir ao máximo um título que pudesse refletir todo o texto que está na minha mente por vir, mas acredito que seria uma excelente manchete de jornal sensacionalista em uma pseudo-reportagem investigativa.


Ouvindo sobre a corrupção recente não somente no mundo todo, mas em especial na minha terra natal, Brasil, fico fazendo contas e analisando cenários possíveis para a utilização correta do capital empregado mensalmente por todos que geram renda e riqueza para o país e a cada dia precisam trabalhar mais e mais para sustentar algo descontrolado.


E no caso recente sobre o roubo da aposentadoria fico a imaginar o seguinte: A Nasa, lançou há muito tempo o telescópio Hubble. Capaz de ver muito longe no espaço e trazer novas descobertas, potencializando inovações em todas as áreas. Um avanço positivo para a humanidade. O custo para termos imagens da formação de estrelas, ou do início de galáxias, entre tantas outras descobertas, segundo pesquisas foi cerca de 16 bilhoes de dólares durante a vida do projeto todo. Convertidos em moeda local, cerca de R$84 bilhoes de Reais.


84 Bilhoes de Reais...o roubo foi maior do que isso de acordo com a mídia, ou as investigações. Ver os responsáveis por isso ostentando as compras frutos do seu roubo em redes sociais, e comparar com o que o Hubble foi capaz de desvendar, me faz sentir vergonha, me faz sentir vergonha alheia desse pessoal todo e desse cenário insuportável.


Se o título do meu texto fosse verdade, onde todos os idosos reúniram-se para investir em inovação e tecnologia em nível espacial e em um país de terceiro mundo? A Nasa teria recursos suficientes para ir além e muito mais...


Realmente temos um potencial nas mãos erradas.


Cassiano Zanetti

 

 
 
 

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Por Eloi Zanetti


Em 1962 o escritor Guilherme Figueiredo publicou o livro Tratado Geral dos Chatos, onde descreve de maneira irônica os tipos de chatos que existiam na época. Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes e hoje temos um novo tipo de chato – o questionador com celular na mão.

Em uma conversa entre amigos você fala alguma coisa, cita uma frase, um dado, um número, uma quantidade, um nome qualquer e ele, imediatamente, vai ao Google, conferir se o que você disse está certo e, se a informação não bater com o papai Google, ele te questionará sempre em voz alta, só para ter o gosto sádico de contrariar e criar controvérsias. Suas interpelações são sempre assim:

- Não é bem isso!

- O Google está dizendo que...

Ele usa o celular para aborrecer as pessoas e atrapalhar as conversas

Em bate-papo sobre amenidades não interessa a precisão de dados e números, queremos que flua em bom ritmo e que cada um contribua com o que sabe e tem interesse, mas o chato do celular não deixa, ele quer questionar, mostrar que é sabidão, colocar a outra pessoa em constrangimento.

Normalmente o chato senta-se à mesa já com o aparelhinho na mão, atento às suas vítimas. Ele nem reflete o que está sendo conversado, isto é, não escuta ninguém, o gosto dele é contrariar e com isso desmanchar boas conversas.

Há pessoas que nasceram com o espírito da contradição, seja lá o que você disser, elas sempre discordarão e agora, com um celular na mão, aumentam as chances de contradição. Para muitos, a discordância é tomada como insulto, pois alguém - o chato de celular - está questionando de maneira rude e vulgar.

Rubem Alves na sua belíssima crônica sobre a diferença entre jogar frescobol e tênis diz: no frescobol a ideia é que ninguém perca, que um facilite a jogada do outro para que o jogo flua no prazer do seu andamento, no tênis a ideia é tirar o outro da jogada com cortes rápidos e violentos – e é isto que o novo tipo de chato faz.

Quando alguém em uma roda de amigos, à mesa, leva o celular e o coloca ao lado, olhando sempre para ele, eu desconfio – é mais um chato de celular.

 
 
 
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